Frederico, Rei da Prússia, era um grande apreciador de arte. Mandou construir em Postam uma BILDERGALERIE (galeria de imagens) para expor a sua vasta e rica coleção de quadros. Aqui o meu esposo admirando as obras de Rubens, Van Dyck e outros grandes mestres. Como o tempo estava muito feio, optamos por não andar pelo amplo parque, repleto de outras construções. Será para uma próxima viagem.
Aqui o famoso *coroamento de Diana* (1625) do pintor flamengo
Peter Paul Rubens.
Após entrar no palácio, alugamos um áudio-guia
e percorremos os dez aposentos. Tudo é extremamente bem conservado. Amei o delicado detalhe de uma das salas do palácio: vejam a teia com as
pequenas aranhas no centro!
Antes de
sair da pequena cidade, o guia passou na frente e nos mostrou as casas onde
Stalin, Churchill e Harry Truman ficaram hospedados durante a conferência de
Postdam entre 17 de julho e 2 de agosto de 1945. Foi quando os vitoriosos
aliados da Segunda Guerra Mundial se reuniram para decidir como administrar a
Alemanha que havia se rendido.
Ao voltar em Berlim, pedimos para o guia nos depositar frente o Kulturforum. O fórum cultural de Berlim está situado perto da Potsdamer Platz. É formado pelo conjunto de diversos museus : o Museu de Artes e Ofícios (Kunstgewerbemuseum), a Nova Galeria Nacional (Neue Nationalgalerie), a Pinacoteca (Gemäldegalerie), o Museu de Artes Decorativas e o Museu de Artes Gráficas. O edifício da Filarmônica também está incluído no seio desse conjunto cultural. Decidimos almoçar do lado de fora do fórum, num quiosque oferecendo comidas muito saudáveis que pareciam ser turcas. De lá fomos visitar a Gemäldegalerie. Logo de cara, fiquei impressionada com a luminosidade natural banhando todo o museu.
Aqui o hall principal de onde temos acesso a todas as salas repletas de tudo que tem de melhor em termo de arte do século XIII ao século XVIII. Muitas obras desta bela coleção foram perdidas durante um incêndio da antiga sede, ou durante a transferência da coleção, ou levadas à União Soviética e não devolvidas. Somente em 1998, mais de 3.600 obras dispersas voltaram a ser reunidas neste prédio especialmente construído para tal. O espaço possui cerca de 7000m² e uma seqüência de 18 salas e 41 gabinetes. Ao todo, são quase dois quilômetros de extensão. Podemos encontrar obras primas de Van Eyck, Brueghel, Dürer, Rafael, Ticiano, Caravaggio, Rubens, Vermeer e Rembrandt alem de muitos outros mestres.
Qual não foi a minha alegria ao me deparar com o *Amor Vitorioso* do pintor Italiano Michelangelo Merisi da Caravaggio!
Apos observar o quadro bem de perto, eu pude apreciar a marca registrada do artista: retratava as pessoas com detalhes super realistas, como rugas por exemplos. Neste quadro, vejam as unhas sujas do jovem...
Tive também o imenso prazer de ver telas do pintor Italiano Sandro Botticelli. A gente
gastou umas quatro horas dentro do museu e não vimos tudo. Não dava para ficar
mais, as pernas estavam doendo. Mais do que satisfeitos pela programação, decidimos voltar até o nosso hotel para repousar um pouco antes do jantar.
De noite tínhamos
um encontro marcado com os amigos José, Rosa Alice e a filha
deles, Sonia. Escolhi o restaurante BORCHARDT que é considerado o lugar aonde
vão jantar as pessoas famosas, de passagem por Berlim. Esta bem decorada *brasserie*
data de 1853 e era o ponto de encontro da elite da época. Tirei foto deste mosaico
sem usar o flash e mesmo assim, levei bronca do homem que atendia atrás do balcão!
A noite foi
muito agradável. A comida é preparada com ingredientes de primeira qualidade. Tudo
estava perfeito. Recomendo sem falta!
A teia de aranha é realmente maravilhosa!
ResponderExcluirSheila disse que esse museu tem que gastar 4 dias e não 4 horas, que nem ela fez no Metropolitan, na primeira vez que foi.
Obrigado por mais este maravilhoso passeio cultural.Beijos.
João
ResponderExcluirClaro que precisaria de vários e vários dias. Só para quem mora lá mesmo. Para quem está de passagem, 4 horas já foram suficientes para ter uma idéia. Não esquecer que tivemos um passeio ao palácio SANSSOUCI pela manhã. Sempre temos que nos lembrar: NADA DE OVERDOSE CULTURAL. Bjs