O museu é muito interessante, mas ao mesmo tempo é bem sufocante ver como a vida do pessoal era muito controlada e regimentada. O povo era extremamente vigiado, pois havia 100.000 agentes contratados pela Stasi e 200.000 informantes
observando todos os passos dos habitantes (dados obtidos através do filmes alemão A Vida Dos Outros). Uma coisa que me chamou a
atenção, foi o método usado nas escolas para ensinar as crianças a somar, subtrair,
multiplicar ou dividir. A professora ensinava assim: 1 soldado + 2 soldados = 3
soldados! Nesta foto, o meu marido está posando ao lado de um Trabant, carro produzido pela Sachsenring em Zwickau, na antiga Alemanha Oriental.
No museu,
havia muitas fotos mostrando o dia a dia dos habitantes. Podíamos observar as
suas roupas, ou os produtos que consumiam (perfumes, sabonetes e enlatados) e
que eram importados da União Soviética ou de outros países comunistas. Fiquei
pasma ao descobrir que na escola maternal, as crianças eram obrigadas a usar o
pinico ao mesmo tempo e só podiam se levantar quando TODOS tinham feito as suas
necessidades!
No pequeno
apartamento reconstituído, não vi
nenhum lugar para tomar banho! Só observei este chuveiro acima da pia! Imagino que o pessoal devia levar uma bacia no banheiro e se lavava em pé com os pés na
bacia! Como adoro tomar um banho,
sempre fico horrorizada quando não vejo um espaço adequado para o pessoal se
limpar.
Os pertences dos alemães do leste, as roupas, os objetos pessoais e até os brinquedos eram bastante toscos.
Na hora do almoço, decidimos ficar na lanchonete do próprio museu. Resolvi enfrentar um *eisbein* que fazia parte do cardápio. Trata-se de um joelho de porco e é um dos pratos mais famoso da culinária alemã. Vem acompanhado de batatas cozidas e de chucrute. Não posso dizer que o joelho estava ruim, mas não achei a sua aparência muito simpática. Estava muito branco para o meu gosto. Precisava ser mais tostado, mas caramelizado, mas colorido. Tomei uma bela cerveja para fazer o joelho descer.
Depois, fomos até o Sony Center, prédio de escritórios, onde se encontra a sede européia da Sony. Lá tem várias salas de cinema, bares e restaurantes. Sentamos um pouco e comemos um delicioso apfelstrudel. Uns passarinhos pousavam em torno da gente e vinham comer as migalhas que sobravam.
O prédio foi um projeto do arquiteto Helmut Jahn e foi realizado em 2000. O domo de vidro é impressionante!
No próprio Sony Center, fomos visitar o Museu do Cinema e da Televisão que nos lembra todos os grandes nomes do cinema Alemão, desde o cinema mudo, passando pelo futurista “Metrópolis” (1927), de Fritz Lang, até chegar aos filmes recentes como “Corra, Lola, Corra”. Encontramos muitas roupas e objetos pessoais que pertenceram a Marlene Dietrich como sua maleta de maquiagem, seus pentes de cabelo, sua cartola e sua famosa echarpe.
Aqui uma obra angustiante (bastante grande) intitulada O Nascimento de Hitler. É de um artista Islandês chamado ERRÓ.
Aqui o maridão se decidindo! O jantar a luz de velas foi romântico. O restaurante era italiano e a comida excelente. Come se bem em qualquer lugar em Berlim. Só houve uma pequena chateação enquanto estávamos jantando. Entrou uma mulher negra, muito bonita, muito bem vestida, muito bem maquiada. Visivelmente drogada, estava surtando e começou a fazer um escândalo. Interessante foi notar como o pessoal do restaurante lidou com a situação. Em vez de usar a força e botar a moça para fora, o pessoal esperou ela se acalmar e se retirar por conta própria. Enquanto isso, fiquei tensa e nervosa, com medo de acontecer algo mais serio! Após o jantar, fomos andando a pé até o hotel. Não era perto, era de noite, mas não houve problemas. Não sentimos perigo algum. Berlim parece uma cidade bem segura.
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