sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Segundo dia em Berlim

Naquele dia, nos tínhamos uma hora marcada para visitar a fantástica cúpula do Parlamento Alemão – Bundestag ou Reichstag. De vários pontos da cidade, podemos avistar a cúpula de cristal do arquiteto Norman Foster. Para evitar enormes filas, é necessário reservar a visita antecipadamente no site do Parlamento. Fiz isso antes de viajar. Tem três tipos de visitas. Optamos em conhecer unicamente a cúpula, como a maioria dos visitantes. Se de fora ela é bela, de dentro ela é fantástica. Agora até hoje não sei como é que consegui subir ate o topo! Eu tenho pavor de alturas e vejam o quanto o lugar é alto! 






Fomos tomar um chá na cafeteria do Reichstag. Ao utilizar o banheiro, notei um aparelho preso na parede junto as pias. Jogava uns jatinhos de spray perfumado tipo Bom Ar a cada 5 minutos. Vindo do teto, uma gravação de cantos de passarinhos dissimulava qualquer barulho inconveniente.De vez em quando uma coruja emitia um som tão forte, mas tão forte, que beirava a histeria. Quem esperava na fila, acabava rindo por causa do exagerado pássaro. Para secar as mãos, havia um aparelho meio assustador a disposição das visitantes: devíamos enfiar completamente as mãos em duas fendas! Na saída, subimos a bordo de um velotaxi, ou rickshaw.



O rickshaw nos levou até a praça onde fica o Memorial do Holocausta projetado pelo arquiteto Peter Eisenman. São 2711 blocos de concretos espalhados numa praça cujo solo é ondulado. Os blocos têm o mesmo comprimento e a mesma largura, mas não têm a mesma altura. Ela varia entre 0,2m até 4,8m. Podemos passear entre os blocos. Segundo o projeto, os blocos foram desenhados para produzir uma intranqüilidade. Sei que não me senti bem quando andei por eles. O céu era nublado. Os blocos são de concretos, cor cinza, enfim, tudo era bem lúgubre, nada muito alegre. Saí deste lugar meio deprimida.







Depois demos uma parada na frente da famosa porta de Brandenburger construída no final do século XVIII. Debaixo dela Napoleon Bonaparte desfilou em 1806 e depois os nazistas quando Hitler foi nomeado chanceler em 1933. Fiz o meu marido pagar mico, mas ele topou de bom grado e sentou nesta cadeira para a foto. Um dos soldados é um jovem fantasiado, e o outro é somente um manequim. Adivinhem qual dos dois! A porta era fechada pelo muro. 











Demos uma parada para fazer uma pequena refeição no terraço do Café LebensArt, situado na famosa avenida Unter Den Linden. Fazia um pouco frio, portanto havia uns cobertores a disposição dos fregueses em cada cadeira. A seguir, pegamos de novo um rickshaw para continuar o nosso passeio...


Chegamos até o famoso Checkpoint Charlie. Era o lugar de passagem reservado aos diplomatas e aos estrangeiros entre o setor americano e o soviético durante a guerra fria. Checkpoint Charlie é o símbolo mais marcante que sobrou do muro de Berlim.

Após retornar ao nosso hotel a fim de descansar um pouco, fomos passear de novo. Desta vez estivemos na Kaiser-Wilhem-Gedächtnis-Kirche. Em 1945 o bairro todo ficou em ruína. Da igreja (consagrada em 1895) que ficava neste lugar, só sobrou o campanário, testemunho dos horrores da guerra, em cuja base se situa o salão do memorial que documenta a historia do lugar e contem mosaicos originais do teto e objetos de culto. Ao lado foi reconstruída em 1961 uma nova igreja octogonal em vidro azul com uma nova torre separada (projeto de Egon Eiermann).



A seguir fomos visitar um pequeno museu que o meu guia (edição Hachette) indicava. Chama-se Käthe Kollwitz Museum e é situado numa antiga mansão de uma bela rua tranqüila. A artista Käthe Kollwitz (1867-1945) foi uma importante desenhista, pintora, gravurista e escultora alemã cuja obra reflete a fome, a morte e a pobreza da classe operaria. Lá podemos descobrir a quase totalidade das suas esculturas, mas também muitos desenhos, cartas e fotos.  


Depois do museu, fomos conhecer o lendário sexto andar da loja de departamento KaDeWe
inteiramente especializado em gastronomia. O lugar é ESPECTACULAR. Percorremos os 7000m² onde só se encontra produtos de primeira qualidade: os melhores chocolates do mundo estão lá, os melhores biscoitos, os melhores bombons, os melhores chás, as melhores geléias etc. Tem um espaço oferecendo vinhos de todos os países. Tem bancas repletas de legumes e frutas variadas. Perdi a conta, mas tem um monte de mini restaurantes oferecendo comida chinesa, italiana, tapas espanholas, frutos do mar. Tem cervejarias. Tem pubs. Tem balcões oferecendo 1300 queijos e um monte de embutidos e frios variados. Sentamos no quiosque Veuve Clicquot para saborear uma taça de champagne.


Para jantar, escolhemos um pequeno restaurante situado em Charlotenburg chamado FLORIAN. O local é charmoso e bem freqüentado por pessoas elegantes. A comida era gostosa.

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