Para
terminar lindamente o sétimo e ultimo dia em Sevilha, fomos até a Plaza de
America. É impressionante a quantidade de palomas que há nesta praça. Da para ouvi-las
arrulhando bem alto. Vejam que bela
imagem: um lindo cocheiro esperando um cliente debaixo de um pé de ciclamor. Havia
um monte dessas arvores em flor. A visão delas enche a alma de euforia.
Demos um pulo só para dar uma olhadinha no mais belo e luxuoso hotel da região Andaluz: o famoso Alfonso XIII. Foi inaugurado para a exposição internacional de 1929. É onde descem as pessoas mais ilustres em visita à Sevilha.
Eu dei uma andadinha só para admirar rapidinho...
Amei este
detalhe: Umas linhas presas no topo do pátio interno para poder esticar umas
cortinas e assim cortar o efeito do sol durante o verão e fornecer uma sombra agradável.
Seguimos
depois para a antiga fábrica de tabaco onde dizem que a famosa Carmen de
Prosper Mérimée trabalhou. Data de 1771. Empregava até 3000 operárias que
enrolavam os charutos por cima das suas próprias coxas. Para impedir o
contrabando, foram construídos 300 metros de fossos, guaritas e até umas celas
onde eram presos os operários que tentavam roubar. Hoje é a sede da
universidade de Sevilha.
Não percorremos
o edifício porque é considerado o maior depois do Escorial. Já estávamos cansados demais.
Só fizemos passear. Depois disso fomos tomar um aperitivo no terraço de um bar
da charmosa Calle Santa Maria La Blanca. A maioria do pessoal bebia um vino de
verano que é um tipo de sangria.
Ao voltar
ao hotel, o meu marido não quis mais sair. Então eu fui dar um pulo numa
lanchonete especializada em churros. Era situada perto do meu hotel. Eu passava
todos os dias por ela e ficava babando. Devo lembrar que a origem do churro é
Espanhola. Havia vários tipos, como o comum estriado que encontramos no Brasil,
mas tinha também um comprido. Foi o que pedi. Veio acompanhado do típico
chocolate quente bem grosso (acho que colocam maisena para engrossar). Uma
delicia. Comi sozinha no meu canto, só observando as comadres e os clientes de
modo geral. Não vi turistas, só havia pessoas do povo mesmo, pessoas comuns e
relativamente simples. Adorei a experiência.
O que me impressionou foi ver que
quase todo mundo que comia no balcão jogava os guardanapos de papel no chão! Foi
o único lugar onde vi sujeira. A cidade inteira é bem limpa. Depois disso, eu
andei pelo bairro e voltei para o meu hotel para preparar a mala. O nosso jantar foi no quarto mesmo. Pedimos um caldo
leve. Era o nosso último dia em Sevilha. A viagem foi realmente marcante e inesquecível.
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