Sétimo dia
em Sevilha. Decidimos andar até uma confeitaria
antiga situada perto do nosso hotel para tomar o nosso café da manhã. Todos os dias eu passava diante das
suas vitrinas enfeitadas com bonequinhos encapuzados representando os
participantes das confrarias religiosas que desfilam pela cidade na Semana Santa. A cidade inteira estava se preparando para esses festejos.
A confeitaria chama-se LA CAMPANA e data de 1885. Desde março o pessoal vende bolinhos e doces típicos desta época. A maioria deles é confeccionada pelas freiras nos conventos da cidade.
Pedimos
duas especialidades servidas durante a Semana Santa para rachar entre nos. O da esquerda chama-se Pestiño. É
delicioso. Tem uma massa crocante do tipo folhada. Da para notar a influência árabe. É extremamente doce,
assim como muitos pastéis que eu já comi em salões de chá árabes em Paris. O da
direita chama-se Torrija. É um tipo de rabanada só que pode levar vinho e
licor. Pedi uma sem. Vem coberta por um caldo grosso de mel. Delicia!
Após andar
para cima e para baixo para fazer umas comprinhas, demos de novo um pulinho no
hotel. Ao entrar, havia um evento com esses bailarinos de flamenco meio fajutos.
Como tínhamos
coisas para fazer de tarde, o meu marido resolveu descansar um pouco. Fui então
andar sozinha pelas ruelas do centro. Vejam aqueles tonéis das bodegas. O
pessoal bebe manzanilla e come tapas em pé a qualquer hora do dia.
Andei um
bocado na rua pedestre chamada Calle Sierpes, uma das mais movimentada da
cidade. Pelo meu guia, eu soube que Cervantes foi encarcerado no numero 52. Ao
fazer compras, fui surpreendida pelo horário da siesta. As vendedoras se apressaram para registrar as mercadorias e
fechar as cortinas e portas. Eu pude me deliciar com o som de carrilhão de
todos esses relógios tocando ao mesmo tempo nessa bela loja antiga.
Voltei até
o meu hotel para buscar o marido e continuar os passeios. Como era o final da
viagem e que tínhamos andado um bocado durante uma semana, resolvemos pegar um taxi
e pedimos um preço especial para usar os seus serviços durante algumas horas.
Pedi para ele passar na Basílica Macarena e continuar ao longo das muralhas da
cidade.
Fomos depois
rumo ao parque Maria Luisa onde fui perturbada por uma desgraciosa e suada cigana que
não queria desgrudar de mim. Carregava uns galhos de alecrim numa das mãos. Eu
pedi para ela pousar para uma foto. Depois disso ela me cobrou cinco euros. Eu falei que não os
tinha, então ela respondeu que se eu não pagasse, me jogaria uma praga. Comentei que só
podia lhe dar um euro, que o marido já estava longe e que somente ELE tinha o
dinheiro. Eu diz que era um ou nada. Era pegar ou largar. Ela pegou e parou de me
infernizar.
De lá fomos
visitar a belíssima Plaza da España construída especialmente para a exposição
ibero-americana de 1929. A minha foto não rende, só tirei deste ângulo para não
ter que fotografar grupos enormes de turistas.Depois disso, fomos passando diante de varios pavilhões construídos para esta mesma exposição. Cada um mais belo do que o outro.
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