Final do
quinto dia em Sevilha. Após passar a manhã no bairro Triana, de visitar o monastério
San Clemente e de visitar La Maestranza, decidi subir numa carruagem aberta
para passear pelas ruas tranqüilas da cidade durante uma hora. O meu marido
chiou um pouco no inicio, reclamou do valor que íamos gastar, mas no final
cedeu aos meus apelos.
Valeu muito
aquele passeio. Andei muito, rodei demais pela cidade. Eu caminhava todos os
dias durante umas 6 horas. Vi muitos becos, muitas pracinhas, mas andar de
carruagem tem um encanto particular. Aqui a foto daquela em que subimos...
Quando
caminhamos, devemos prestar atenção onde pisamos. Durante o passeio com o cavalo, eu não tinha que me
preocupar com o piso íngreme, com as calçadas, com os transeuntes vindo na
nossa direção, então eu pude levantar o nariz e notar um monte de
detalhes dos andares dos edifícios. Aqui passando perto do palácio El Real Alcázar
(visitei no dia seguinte, contarei depois).
Eu tinha
pedido para o cocheiro terminar o passeio diante da igreja Santa Ana que eu
quis visitar pela manhã. Como era fechada, eu decidi voltar para visitar o seu
interior. Andando pelo bairro, o homem não parou de interpelar alguns
moradores. Às vezes passava por um bar e gritava algo para avisar que voltaria mais
tarde. Dava para ver que todo mundo se conhece, que tem ainda um espírito bem paroquial.
Aqui passando pela La Torre Del Oro...
A igreja
Santa Ana é realmente preciosa. Serviu durante certo tempo como catedral. Quando
chegamos, havia uma missa do 7º dia e pelo que eu pude observar, devia ser um
homem relativamente jovem que havia falecido. Uma mulher em prato, com um
filho na faixa dos dez anos ao seu lado, recebia os abraços de uns parentes
fazendo fila. É tão estranho presenciar um momento tão intimo, uma reunião familiar
tão particular. Eu me senti uma *voyeur*. Acabamos não ficando por muito tempo.
Depois
disso, fomos andando a pé até a Plaza de Cuba e de lá pegamos um taxi que nos deixou perto do hotel. Caminhamos a seguir até o restaurante chamado Las Piletas. É situado não muito
longe de La Maestranza e toda a sua decoração tem como tema o universo das
corridas. Tem cabeças de touros nas paredes e ferros para marcar os animais. Servem
pratos andaluzes e comida mediterrânea. Eu inventei de querer provar mais uma
coisa na minha vida, então eu pedi anêmonas-do-mar. São aqueles bichinhos que
parecem flores, mas não o são. São da família das águas vivas e tem tentáculos.
Eu li que eram empanadas e fritas, pensei que daria para encarar. Francamente,
foi uma das piores coisas que eu já comi. De fora até que ficaram bonitinhas,
mas após morder tem uma gosma verde saindo de dentro. Qual é o sabor? Tem gosto de...
gosma verde! Engoli duas só para tentar entender como alguém consegue oferecer
isto num cardápio. Depois parei... Ao voltar andando até o nosso hotel, vimos alguns homens cantando flamenco em pé na porta de um bar de tapas. Fim do quinto dia em Sevilha...
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