sábado, 14 de julho de 2012

Sexto dia em Istambul...

Ao acordar, eu sempre contemplava a vista sobre o Bósforo a partir da janela do meu quarto...

Sempre comi pratos turcos, até no café da manhã. Provei esses doces típicos. Os dois brancos com listras de canela são feitos a base de... PEITO DE FRANGO! Sim! Não tinham um gosto genial, mas também não são ruins. Não da para sentir gosto ou consistência de frango. Parece um pudim. O nome dele é tavuk göğsü, já o outro chama-se kazan dibi. 
Após o café da manhã, eu dei uma andada nos jardins do palácio Çırağan. Me hospedei na parte nova deste palácio, que virou hotel.

Já na parte mais antiga, no palácio mesmo, o sultão do Brunei estava hospedado. Eu soube que ele trouxe um caminhão inteiro cheio de roupas.
Depois do café da manhã, fomos visitar o museu arqueológico que contem objetos e estatuas incríveis. Aqui meu esposo pousando no jardim do museu, repleto de esculturas...

A seguir, fomos visitar a maravilhosa mesquita Süleymaniye ou de Solimão. Foi construído a mando do sultão Solimão e o projeto foi do famoso arquiteto Mimar Sinan. Solimão é enterrado junto com a esposa nos jardins da mesquita.
Aqui uns homens fazendo as suas abluções antes de entrar na mesquita...
A vista a partir dos jardins é considerada uma das mais belas de Istambul...

Ao lado da mesquita, uma lojinha vendendo bandejas especiais para carregar os copinhos de chá e essas panelinhas para preparar o famoso café turco...

Aqui os jardins internos da mesquita dando para o restaurante Dârüzziyafe. Toda mesquita possuía um complexo (escola para as crianças, hospital, cozinhas e cantina para alimentar a população etc.).

O restaurante não estava funcionando, mas entrei para tirar uma foto e mostrar o quanto o lugar é bonito...

De toda maneira, o meu guia (livro) recomendava um restaurante popular que fica do lado de fora da mesquita. Bem na frente da porta da entrada. O tradutor que nos acompanhava confirmou que ali havia uma comida muito melhor. São pequenos restaurantes que ficam lado a lado e que utilizam as antigas cozinhas da mesquita. La são preparados pratos típicos turcos. Você entra na cozinha e vai escolhendo. Eu soube que é o lugar predileto dos estudantes da faculdade de Istambul...

Pedimos o que é mais apreciado pela população local: fatias de cordeiro assado servido com pão árabe, berinjelas recheadas, arroz e feijão branco com molhos de tomate. Não é permitido beber álcool nas imediações das mesquitas. Eu pedi um chá que é delicioso!
Este é o lugar e recomendo muito! Chama-se ALI BABA e funciona desde ...1930 e pouco!
Depois do almoço farto, subimos na famosa torre Galata para ajudar na digestão. É a torre mais antiga da cidade. Data de 528...

Avistei perto da entrada da torre um engraxador com a sua caixa de cobre bem polido. Encontramos muitos deles pela cidade. Alguns têm caixas mais humildes, outros têm umas mais extravagantes como essa daí...







Aqui vista a partir do topo da Torre Galata. Tem um pequeno espaço para andar em torno dela. Me pelei de medo mas consegui dar uma volta completa!

Ao lado da torre, um homem fumando tranquilamente o seu narguilé...

Aos pés da torre, um músico de rua tocando uma música folclórica...

Na ruazinhas vizinhas, encontramos muitas lojas vendendo uns *bağlama*, um instrumento de corda muito popular.


Depois fomos passear numa das avenidas mais famosas e animadas de Istambul: a Istiklal Caddesi. Antigamente era chamada GRANDE RUE. Lá tem muitos prédios do século XIX e é onde se encontravam as belas embaixadas do passado, quando Istambul era a capital do país. A avenida vive lotada de gente já que se concentram um monte de cafés, butiques, livrarias, discotecas. Acabei achando e comprando numa loja um CD do famoso cantor pop Turco chamado TARKAN.

Procurei e achei o café Markiz que tem o seu interior no estilo ART NOUVEAU. Era o lugar mais popular entre a burguesia da cidade no inicio do século XX. Ele já se chamou Café Leblon! Acabamos tomando somente um chá. Eu não quis pedir comida nele, eu tinha programado comer OUTRA coisa. Ver depois...

Refletindo a forte influência francesa e as modas ocidentais, no século XIX foram construídas diversas galerias comerciais, aqui chamadas de pasajı... 

A mais famosa é a Çiçek Pasaji (passagem das flores), uma galeria comercial de luxo típica do século XIX, construído no local de um dos teatros mais importantes de Istambul, que foi transformada em mercado de flores. A partir de 1940 as lojas de flores deram lugar a cafés, bares e restaurantes.
Continuando andando na Istiklal, fui neste lugar especialmente para comer as suas  profiteroles, não somente recomendadas pelo meu guia da Hachette, como pelo meu amigo Guilherme que conhece Istambul como a palma da sua mão. São as famosas e deliciosas Inci´s profiteroles! Mas não vem com sorvete frio no meio! Esse jeito de servir é o original...







Acabamos a noite jantando no badalado restaurante/discoteca chamado REINA. Não posso dizer que é um lugar ruim, mas cá entre-nos, eu não achei nada demais. É um lugar *fashion*e *badalado* (duas palavras que detesto), com música pop internacional – ouvimos muitas canções espanholas. O cardápio continha poucos pratos turcos autênticos. Eu me senti em Barcelona, não em Istambul...

2 comentários:

  1. Estão lindas as fotos...
    beijos, FAGA

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  2. FAGA
    Fico feliz ao saber que vai acompanhando a minha viagem. Adoro dividir com você! Beijos

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