terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

La Maestranza de Sevilha


Depois de visitar o convento San Clemente, resolvemos visitar La Maestranza de Sevilha, ou se vocês preferem, a famosa praça dos touros. As arquibancadas têm lugares para 18.000 espectadores.
Mesmo para quem não concorda com as touradas, recomendo um passeio até a Maestranza. Não suporto ver animais sofrendo e nem sei se eu teria estômago para assistir tal massacre, mas não tem como ficar indiferente diante desta visão. Lembra as famosas arenas dos romanos onde Cristãos eram atirados as feras e quanto mais sangrento era o espetáculo, mais enlouquecida ficava a platéia. Os tempos são outros, agora são os cristãos que curtem ver o massacre das feras...
Aqui a porta por onde os touros entram na arena. É chamada de Puerta de Toriles. A palavra arena quer dizer areia em Latim. Este material tem a finalidade de absorver o sangue dos sacrificados. O corpo do touro morto sai pela Puerta de Arrastre e os toureadores feridos são levados pela Puerta de la Enfermería.


Após visitar a parte externa, fomos conduzidas por uma guia simpática até o museu que explica tudo a respeito das touradas. Podemos ver a capela onde os toureadores rezam antes de entrar na arena.

Pelo que entendi, as touradas têm origens medievais. Seguem o padrão das cavalhadas durante as quais dois cavaleiros, usando pesadas armaduras, competiam. Cada um tentava atingir o outro com uma lança. Depois disso veio umas modificações como essas cabeças de madeira usadas como alvos. Os cavaleiros deviam derrubá-las.
Os touros difíceis, aqueles que foram invencíveis, são reverenciados. As cabeças empalhadas dos mais famosos encontram-se no museu. Têm também os temidos, aqueles que mataram os mais corajosos toureadores. Quando certa vez, um deles massacrou o toureador mais idolatrado do momento, sua mãe foi sacrificada para o público ter a certeza que não haveria outro animal tão assassino na arena.

Visitamos também as estrebarias. Umas figuras eqüinas aparecem em todos os detalhes como, por exemplo, nas argolas onde os cavalos são amarrados…









na torneira e nos azulejos ...













ou no topo da grade...

















Podemos admirar uma bela coleção de telas representando os toureadores trajando a roupa típica, chamada de traje de luces. Essa indumentária é de seda e é coberta de lantejoulas douradas.

Adoro a elegantes posturas dos toureadores que enfrentam a morte com gestos tremendamente nobres e graciosos. Nada é vulgar ou sordido...











 

Aqui uma das portas de entrada do publico...

¡Mira el sombrero del hombre! 

O passeio do quinto dia não terminou. Tenho coisas para contar ainda num próximo post. 




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