quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Passeio à cavalo e jantar estranho em Sevilha...

Final do quinto dia em Sevilha. Após passar a manhã no bairro Triana, de visitar o monastério San Clemente e de visitar La Maestranza, decidi subir numa carruagem aberta para passear pelas ruas tranqüilas da cidade durante uma hora. O meu marido chiou um pouco no inicio, reclamou do valor que íamos gastar, mas no final cedeu aos meus apelos.


Valeu muito aquele passeio. Andei muito, rodei demais pela cidade. Eu caminhava todos os dias durante umas 6 horas. Vi muitos becos, muitas pracinhas, mas andar de carruagem tem um encanto particular. Aqui a foto daquela em que subimos...

Quando caminhamos, devemos prestar atenção onde pisamos. Durante o passeio com o cavalo, eu não tinha que me preocupar com o piso íngreme, com as calçadas, com os transeuntes vindo na nossa direção, então eu pude levantar o nariz e notar um monte de detalhes dos andares dos edifícios. Aqui passando perto do palácio El Real Alcázar (visitei no dia seguinte, contarei depois).

Eu tinha pedido para o cocheiro terminar o passeio diante da igreja Santa Ana que eu quis visitar pela manhã. Como era fechada, eu decidi voltar para visitar o seu interior. Andando pelo bairro, o homem não parou de interpelar alguns moradores. Às vezes passava por um bar e gritava algo para avisar que voltaria mais tarde. Dava para ver que todo mundo se conhece, que tem ainda um espírito bem paroquial. Aqui passando pela La Torre Del Oro...









A igreja Santa Ana é realmente preciosa. Serviu durante certo tempo como catedral. Quando chegamos, havia uma missa do 7º dia e pelo que eu pude observar, devia ser um homem relativamente jovem que havia falecido. Uma mulher em prato, com um filho na faixa dos dez anos ao seu lado, recebia os abraços de uns parentes fazendo fila. É tão estranho presenciar um momento tão intimo, uma reunião familiar tão particular. Eu me senti uma *voyeur*. Acabamos não ficando por muito tempo.
 
Depois disso, fomos andando a pé até a Plaza de Cuba e de lá pegamos um taxi que nos deixou perto do hotel. Caminhamos a seguir até o restaurante chamado Las Piletas. É situado não muito longe de La Maestranza e toda a sua decoração tem como tema o universo das corridas. Tem cabeças de touros nas paredes e ferros para marcar os animais. Servem pratos andaluzes e comida mediterrânea. Eu inventei de querer provar mais uma coisa na minha vida, então eu pedi anêmonas-do-mar. São aqueles bichinhos que parecem flores, mas não o são. São da família das águas vivas e tem tentáculos. Eu li que eram empanadas e fritas, pensei que daria para encarar. Francamente, foi uma das piores coisas que eu já comi. De fora até que ficaram bonitinhas, mas após morder tem uma gosma verde saindo de dentro. Qual é o sabor? Tem gosto de... gosma verde! Engoli duas só para tentar entender como alguém consegue oferecer isto num cardápio. Depois parei... Ao voltar andando até o nosso hotel, vimos alguns homens cantando flamenco em pé na porta de um bar de tapas. Fim do quinto dia em Sevilha...


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