terça-feira, 20 de março de 2012

uma elegante no museu Albertina de Viena

De vez em quando da para observar pessoas que se destacam na multidão. Uma delas me marcou, mas eu não tirei fotos. Era impossível tirar. Era um homem alto usando um chapéu panamá. Não tenho idéia de quantos anos ele tinha. Podia ser velho ou podia ser jovem. Ele tinha sido gravemente queimado e suas orelhas sumiram. O seu nariz havia derretido. Só sobravam dois buracos no lugar! Ele usava roupas coloridas e parecia curtir a vida. Era mais um turista na multidão. Ele não vivia escondido no fundo de um apartamento sombrio. Ele estava exposto ao olhar do outro em plena luz do sol de verão.

Agora a pessoa mais interessante que observei em Viena, foi uma mulher que descia as escadarias do museu Albertina. Eu vinha andando e reparei que os degraus eram enfeitados por faixas coladas na parte frontal de cada um deles. Visto de longe, a superposição das faixas exibia a imagem dos famosos nenúfares de Claude Monet cujos quadros estavam expostos no Museu.

Mesmo um pouco distante das escadarias, eu não pude deixar de ver uma figura diferente parada no topo dos degraus. Era uma mulher vestindo um longo vestido verde e usando um chapéu vietnamita na cabeça. Vejam que porte elegante quando ela está parada la em cima (1ª foto). Quando eu me posicionei para tirar foto, a mulher começou a descer. Eu usei o zoom, mas foi um pouco trabalhoso porque a silueta sumia o tempo todo devido ao movimento do corpo na descida. Quando ela estava chegando quase no final dos degraus é que eu pude retratá-la. Ela parecia me ver, me olhar. Parece que ela estava sorrindo para o meu objetivo. Eu tive que respirar fundo para me acalmar e não perder a concentração. O meu marido, ao meu lado durante o tempo em que eu tentava retratar a desconhecida, não parava de reclamar que queria ir embora.


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